Ensaio clínico da CureVac

No início de 2020, dezenas de equipes científicas estavam se esforçando para fazer uma vacina contra a covid-19. Algumas escolheram técnicas testadas e comprovadas, como fazer vacinas a partir de vírus mortos. Mas um punhado de empresas apostou em um método mais arriscado, que nunca tinha produzido uma vacina licenciada: utilizar uma molécula genética chamada RNA. A aposta valeu a pena. As duas primeiras vacinas a emergirem com sucesso dos testes clínicos, feitas pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna, eram ambas de RNA. As duas demonstraram ter taxas de eficácia quase tão boas quanto se imaginaria possível.

Nos meses que se seguiram, essas duas vacinas de RNA forneceram proteção a dezenas de milhões de pessoas em cerca de 90 países. Mas muitas regiões do mundo, incluindo aquelas com crescente número de mortos, tiveram pouco acesso a esses imunizantes, em parte porque precisam ser mantidos em temperaturas muito baixas. Agora, uma terceira vacina de RNA pode ajudar a atender a essa necessidade global. Uma pequena empresa alemã chamada CureVac está prestes a anunciar os resultados do último estágio de seu ensaio clínico. Já na próxima semana, o mundo pode saber se sua vacina é segura e eficaz. Portal Terra