Guerra do champanhe

A Rússia criou uma nova fonte de atrito com a França: a “guerra do champanhe”, como tem denominado a imprensa francesa. Uma lei assinada pelo presidente Vladimir Putin na última sexta-feira obriga os importadores de marcas de champanhe francesas a escrever no contrarrótulo da garrafa a menção “vinho espumante”. A tradução de champanhe em russo – “champanskoïe” – passou a ser reservada aos produtos fabricados localmente. O jornal Le Parisien disse, ontem, que “depois das sobretaxas de importação criadas pelo ex-presidente americano Donald Trump para o queijo roquefort e os vinhos franceses, o champanhe agora é alvo de uma nova guerra comercial”.

O diário explica que a apelação champanhe continua aparecendo no rótulo das garrafas francesas vendidas na Rússia, mas os contrarrótulos originais estão sendo cobertos por uma etiqueta na qual se lê, no alfabeto cirílico, a menção “vinho espumante”. “Isso é uma humilhação para os prestigiosos produtores de Reims ou de Épernay”, deplora o Le Parisien. O Comitê Profissional do Vinho de Champagne cobra uma reação das autoridades francesas e europeias. Afinal, a legislação francesa na área é rigorosa e garante que apenas as bebibas produzidas na região homônima da França podem ser chamadas de “champagne”. Trata-se de um nome protegido por lei. Informação do portal Uol