Tempo de misericórdia

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Conservadores se opuseram ao Papa Francisco

Declarando que “hoje é um tempo de misericórdia”, o Papa Francisco fechou neste domingo um histórico encontro de bispos que aprovou uma importante nova orientação de acolher católicos divorciados e recasados no civil na Igreja. O apoio do sínodo, por um único voto, ao pedido de Francisco de “uma igreja mais misericordiosa, menos crítica” foi uma vitória clara para o Papa e os prelados progressistas que buscam espaço para permitir que os católicos casados novamente recebam a Comunhão.

Os conservadores se opuseram, citando a doutrina da igreja, mas não conseguiram reunir os votos necessários para bloquear a controversa passagem do documento final. Com a hierarquia da Igreja dividida na Basílica de São Pedro, Francisco fez uma crítica velada neste domingo àqueles que colocam mais importância na doutrina e lei do que na misericórdia e no perdão de Deus.

Ele advertiu-os do risco de “se tornar habitualmente impassível diante da graça”, de virar um ombro frio para os filhos mais feridos de Deus e de uma “ilusão espiritual” que não os deixa ver a realidade de seu rebanho e responder a isso. Sem mudar a doutrina da igreja, o sínodo aprovou no sábado um documento final de 94 pontos para responder melhor às necessidades das famílias católicas de hoje. O texto cobre uma série de questões – migração, pobreza, famílias monoparentais e poligamia -, mas a seção mais controversa era sobre se católicos recasados no civil poderiam receber a Comunhão. Informações: portal Exame.