Mercadoria fina 

Em meio aos preparativos para apreciar na Câmara, em segundo turno, a emenda do teto de gastos, o Planalto intensifica o movimento do balcão. Depois de amealhar retumbantes 366 votos na primeira rodada de votação, o governo levará ao Diário Oficial uma leva de nomeações. A mercadoria é fina. Inclui até mesmo poltronas no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Alega-se os escolhidos exibem qualificação técnica para o exercício das funções. Hã, hã…

O engenheiro Paulo Roberto Costa, primeiro delator premiado da Lava Jato, também preenchia os requisitos técnicos quando Lula permitiu que o PP se apoderasse da alma dele para fazer negócios na Petrobras.  Quer dizer: os apadrinhados dos partidos políticos devem obediência aos padrinhos, não aos contribuintes que lhes pagam o salário. Ao repetir a fórmula que transformou Lula e Dilma em fiapos políticos, Temer se arrisca a plantar agora escândalos que florescerão nos arredores de 2018. Temer já pode ensaiar o discurso defronte do espelho: “Eu não sabia”. Informações: blog do Josias de Souza.