Os gastos com a beleza

Fechados dentro de casa ou com parte do rosto encoberto pela máscara, os brasileiros não deixaram de lado a rotina de beleza. Aliás, até gastaram mais com ela. Na comparação com 2019, em 2020 a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos registrou alta de 21,9% nas vendas de produtos de cuidados com a pele, com destaque para um aumento de 91% na categoria de máscaras faciais, e de 153,2% nos esfoliantes corporais.

Não é segredo que o skincare ganhou espaço durante a pandemia, impulsionado pelo discurso de autocuidado em que o mercado da beleza já vinha apostando há algum tempo. O Brasil é o quarto país no ranking mundial de gastos com produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos segundo a Euromonitor, e é geralmente a população de menor renda que investe o maior percentual de seu salário em perfumes, por exemplo.

Os altos gastos com beleza vão dos xampus e maquiagens da perfumaria às clínicas de estética. Mesmo sem encontrar muita gente na rua, todo mundo vê os outros — e a si mesmo — nas redes sociais o tempo todo. Aí pesam os filtros, que distorcem a nossa visão de como somos fora das câmeras e nos fazem crer que os outros são mesmo aquela versão. Portal Uol