Poder sobre os pares

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“Se eu renunciar, vocês têm alguma dúvida de que vou preso? E se eu for preso, vocês acham que vou sozinho?”. O diagnóstico seguido de ameaça foi feito pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, a um grupo de deputados dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal determinar seu afastamento do cargo e do mandato. As colocações de Cunha servem para ilustrar, em parte, o poder que ele continua a exercer sobre seus pares, e até mesmo sobre o governo do presidente interino Michel Temer.

A fidelidade se justifica por motivos diversos. Vão desde o receio de serem expostos; passam pela dívida de gratidão por ele ter ajudado financeiramente em campanhas, dado relatorias de projetos importantes e por ter acatado o impeachment de Dilma Rousseff; e chegam até a amizade e sociedade em empreitadas. Informações: jornal O Globo.