Sem grandes retornos


​Orçamentos estourados, previsões de ganho furadas, déficit e corrupção. Nos últimos 30 anos, a organização de Jogos Olímpicos deixou para as cidades sedes um legado econômico bem diferente das promessas feitas por seus organizadores. Salvo no caso de Los Angeles, em 1984 e Barcelona, em 1992, todas as demais sedes constataram que os supostos benefícios anunciados jamais se concretizaram.

Isso é o que revela um amplo e detalhado estudo publicado por economistas americanos do College of the Holy Cross, de Worcester. Publicado no Journal of Economic Perspectives da prestigiosa American Economic Association, o levantamento desmistifica os resultados econômicos do movimento olímpico e alerta para a falência que o modelo representa para quem realiza um evento. Segundo eles, é mais fácil um atleta ganhar a medalha de ouro na Olimpíada que o evento dar lucros para os anfitriões.