Obra extensa

João Grilo e Chico na saga de “O alto da compadecida”

Ao todo, Ariano escreveu 16 livros entre romances, ensaios, poesias e peças de teatro, sendo que a primeira, “Uma mulher vestida de sol”, ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948. Ele escreveu um de seus maiores clássicos, “O Auto da Compadecida“, em 1955, cinco anos depois de se formar em direito. Ele foi apresentado pela primeira vez no Recife, em 1957, sem grande sucesso, explodindo nacionalmente apenas quando foi encenada – e ganhou o prêmio – no Festival de Estudantes do Rio de Janeiro. A obra é considerada a mais famosa dele, devido às diversas adaptações. Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.

O escritor considerava que seu melhor livro era o “Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”. A obra começou a ser produzida em 1958 e levou 12 anos para ficar pronta. Foi adaptada por Luiz Fernando Carvalho e exibida pela Rede Globo em 2007, com o nome de “A pedra do reino”. Na década de 70, Ariano começou a articular o Movimento Armorial, que defendeu a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares.

Ele também foi membro-fundador do Conselho Nacional de Cultura. Após 32 anos nas salas de aula, aposentou-se do cargo de professor da Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. O período também ficou marcado pelo reconhecimento nacional do escritor. Ariano tomou posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, em 1990. Informações: portal G1.